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A Revolução da Inteligência Artificial na Indústria da Música

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Alegações sobre como a inteligência artificial (IA) está ameaçando a indústria da música têm se tornado cada vez mais audíveis. As gravadoras afirmam que os serviços que utilizam IA para manipular faixas estão infringindo os direitos autorais dos artistas. Neste artigo, exploraremos essa controvérsia em detalhes, abordando como a IA está transformando a música e as preocupações que surgem com essa revolução.

O Problema da Originalidade

A acusação central da indústria da música é que a maioria dos geradores de conteúdo baseados em IA não cria obras verdadeiramente originais. Em vez disso, essas ferramentas dependem de conjuntos de dados preenchidos com obras de arte, textos ou áudio originais, muitas vezes sem a devida permissão dos proprietários. Essa falta de originalidade é uma preocupação legítima, pois desafia a integridade artística e os direitos autorais.

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A Ascensão da IA para Produção de Conteúdos

Nos últimos anos, a preocupação com a inteligência artificial na indústria da música tem crescido, especialmente com a popularização de ferramentas como o DALL-E 2 e o ChatGPT para a produção de imagens e textos. Em específico, na música, usam do aprendizado de máquina (Machine Learning) para produzir remixes, aprimorar faixas caseiras ou remover vocais e instrumentais de músicas existentes.

Os Serviços Sob o Radar da RIAA

Em resposta à pressão do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos, a Recording Industry Association of America (RIAA) identificou especificamente serviços como Acapella-extractor e Remove-Vocals, que retiram instrumentais ou vocais de músicas, e Songmastr, que promete “tornar suas músicas (quase) tão boas quanto” aquelas criadas por artistas profissionais, usando músicas existentes como referência.

Alegações de Violação de Direitos Autorais

A RIAA argumenta que esses serviços trabalham com cópias de vocais ou instrumentais para gerar, masterizar ou remixar faixas, muitas vezes alcançando resultados comparáveis ou até melhores do que as músicas originais de artistas famosos. Isso levanta a questão fundamental de se esses serviços estão agindo de forma não autorizada ao usar o trabalho de artistas membros da RIAA para treinar seus modelos de IA.

De acordo com a RIAA: “Na medida em que esses serviços, ou seus parceiros, estão treinando seus modelos de IA usando a música de nossos membros, esse uso é não autorizado e infringe os direitos de nossos membros ao fazer cópias não autorizadas dos trabalhos de nossos membros. De qualquer forma, os arquivos que esses serviços divulgam são cópias não autorizadas ou trabalhos derivados não autorizados da música de nossos membros.”

A Histórico de Ações Legais da RIAA

A RIAA é conhecida por suas ações legais agressivas em relação à violação de direitos autorais, pirataria de música e compartilhamento de arquivos P2P. Recentemente, a organização entrou com ação contra a plataforma NFT HitPiece, alegando que vender música como NFTs sem a aprovação dos artistas viola seus direitos.

Conclusão

A convergência entre a inteligência artificial e a indústria da música é inegável. No entanto, a controvérsia sobre os direitos autorais e a originalidade das obras produzidas por meio da IA continua a ser um ponto de discórdia. O resultado dessas alegações pode ter um impacto duradouro na forma como a IA é utilizada na criação musical e na regulamentação dessa indústria em constante evolução.

Perguntas Frequentes Sobre Inteligência Artificial na Indústria da Música

1. Como a IA está sendo usada na indústria da música?

A IA está sendo usada na indústria da música para criar remixes, aprimorar faixas caseiras e até mesmo remover vocais e instrumentais de músicas existentes.

2. Por que as gravadoras alegam que a IA ameaça a indústria da música?

As gravadoras afirmam que a IA pode infringir os direitos autorais dos artistas, pois muitas vezes utiliza obras sem permissão.

3. Quais são os serviços mencionados pela RIAA na acusação?

A RIAA mencionou serviços como Acapella-extractor, Remove-Vocals e Songmastr em sua acusação.

4. Qual é a preocupação central em relação à IA na música?

A preocupação central é que a IA pode não criar obras verdadeiramente originais, dependendo de conjuntos de dados preenchidos com obras existentes.

5. Como a RIAA está respondendo a essa questão?

A RIAA está tomando medidas legais para proteger os direitos autorais dos artistas e garantir que a IA seja usada de maneira autorizada na indústria da música.

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Bruno Solano – Artificial Intelligence Advisor; especialista em criação de negócios rentáveis e produtos digitais baseados em Inteligência Artificial (IA); editor do tecArtificial; foi cofundador do Google Developers, programa de iniciativa do Google para estimular comunidades a utilizarem suas plataformas e tecnologias. Atualmente, coordena um dos cursos mais extensos sobre produtividade com Inteligência Artificial voltados para o mundo dos negócios.