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Um novo relatório sobre inteligência artificial (IA) alerta sobre os principais riscos e benefícios que essa tecnologia avançada pode trazer ao Brasil. O relatório intitulado “Recomendações para o avanço da inteligência artificial no Brasil” foi produzido por um grupo de 16 cientistas de diferentes áreas e de várias instituições a pedido da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e lançado na sede da ABC no Rio de Janeiro.
O relatório destaca a natureza disruptiva da tecnologia e a necessidade de investimento adequado na área para evitar um declínio tecnológico e a dependência de outros países. O professor Edmundo Albuquerque de Souza e Silva, um dos porta-vozes do relatório, alerta sobre o impacto que a IA pode ter no emprego, não só naqueles repetitivos, mas também naqueles que tenham um patamar de conhecimento maior. O futuro da sociedade brasileira será moldado pelas escolhas que o governo e a sociedade fizerem em relação à inteligência artificial, de acordo com o documento.
ChatGPT
O ChatGPT é uma tecnologia de inteligência artificial desenvolvida pela OpenAI em 2022. É capaz de conversar com seus usuários sobre diversos assuntos a partir de comandos escritos. No entanto, é importante ressaltar que o uso dessa ferramenta sem conhecimento prévio pode gerar respostas erradas com profundidade excessiva.
Souza e Silva, especialista em tecnologia, destaca que a falta de consciência crítica e conhecimento adequado pode ser desastroso. A população pode aceitar informações errôneas que a tecnologia apresenta como corretas. Portanto, é fundamental educar as pessoas sobre o uso da inteligência artificial e despertar o pensamento crítico para o uso benéfico dessa tecnologia.
O documento da ABC recomenda investir em pesquisas científicas para aprimorar a tecnologia. O chatGPT pode auxiliar em pesquisas acadêmicas e aumentar a produtividade em diversos setores. No entanto, é preciso estar atento a possíveis erros que possam causar impactos negativos.
Em suma, o chatGPT é uma tecnologia promissora que pode trazer diversos benefícios. No entanto, é importante ter consciência crítica e conhecimento prévio para utilizá-lo de forma benéfica e evitar possíveis erros.
De acordo com um professor da Coppe, a especialização necessária para trabalhos relacionados à inteligência artificial, como aprendizado de máquina e ciência de dados, está aumentando. Países com liderança tecnológica já começaram a formar profissionais qualificados em áreas relacionadas há mais de uma década. No entanto, há um perigo de perder empregos mais simples e precisar de mais pessoas especializadas para desenvolver a tecnologia.
Empregos
Com a automação de programas simples de computação, empresas de pequeno porte podem ser capazes de dispensar pessoas que sabem pouco de programação e ficar apenas com os mais especializados ou que entendem mais de vários assuntos. Isso pode resultar em um impacto sobre os empregos menos especializados. A tecnologia de inteligência artificial pode aumentar a produtividade, mas pode ser preocupante se não for desenvolvida rapidamente e as pessoas não forem educadas para níveis mais altos de conhecimento.
O cientista da UFRJ destacou que a diferença entre a Revolução Industrial do século 18 e a IA é a necessidade de mais especialização. A transição para a IA é muito mais difícil devido à maior distância a ser percorrida em termos de especialização. É urgente formar profissionais qualificados em áreas relacionadas à inteligência artificial para evitar a perda de empregos dos menos especializados.
Campanha Nacional
De acordo com um relatório recente, é necessário realizar uma campanha nacional de informação para que a população entenda o que é inteligência artificial. O relatório também destaca que o assunto deve ser ensinado nas escolas e que devem ser criados centros específicos de pesquisa nas universidades sobre essa matéria. É imperativo que o Brasil estabeleça políticas públicas e investimentos para reverter a tendência de atraso sem demora.
Para que isso aconteça, o professor Virgílio Almeida, Diretor da ABC, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador do grupo de trabalho, destaca a importância de investimentos em pesquisa e desenvolvimento em IA para que o Brasil não seja apenas um consumidor dessa tecnologia fornecida por outros países. Ele comenta que é preciso começar logo, porque esse desenvolvimento voa e outros lugares estão investindo, acelerando e criando políticas sobre o tema. O Brasil, por seu tamanho e importância, não pode ficar atrás. Do contrário, aumentará a distância entre o crescimento econômico aqui e o do mundo desenvolvido.
Para que haja um pacto em IA entre ciência, setores público e privado, entidades organizacionais e levar ao conhecimento da sociedade o que é essa nova tecnologia e como devemos lidar com ela, criando-se mecanismos que possam diminuir os riscos a fim de evitar problemas para todas as áreas, como medicina e advocacia, Souza e Silva indicou que deve haver uma campanha nacional de informação.
Benefícios
A Inteligência Artificial (IA) pode ser aplicada em diversas áreas, trazendo benefícios significativos para a sociedade. Na educação, por exemplo, a IA pode ser utilizada para agilizar e enriquecer o processo de ensino, fornecendo conteúdos personalizados aos alunos e promovendo a criatividade e curiosidade. Com isso, espera-se reduzir o abandono escolar e desenvolver o conhecimento crítico dos alunos. Além disso, a tecnologia pode ajudar os professores a se concentrarem mais na parte crítica do ensino das disciplinas.
Na área de saúde, a IA pode auxiliar no diagnóstico e identificação de doenças, na personalização de tratamentos e no uso de robôs em procedimentos médicos. Os dados do Sistema Único de Saúde (SUS) podem ser utilizados para desenvolver políticas públicas, aprendendo com os dados e usando técnicas de IA para tratar essas informações e entender o que está acontecendo com a população. Contudo, é importante ressaltar que a competência de dar o diagnóstico ainda deve ser do médico, pois o erro que a IA pode gerar é muito grande. A IA pode auxiliar o médico a ver coisas que seriam mais difíceis de serem detectadas, mas o médico deve estar preparado para usar essa ferramenta e saber criticar a informação.
A IA também pode ser aplicada em energia e biodiversidade. Na área de energia, pode ajudar na prevenção de fenômenos climáticos e na tomada de decisões. Na biodiversidade, pode ser usada para prever problemas relacionados às mudanças climáticas, acelerar a proteção do meio ambiente e o monitoramento de animais. As empresas também podem se beneficiar da tecnologia, utilizando-a no atendimento a clientes, trazendo informações mais precisas e otimizando processos.
Em conclusão, a IA é um facilitador quando usada de maneira correta e crítica, trazendo benefícios significativos para a sociedade em diversas áreas, como educação, saúde, energia, biodiversidade e empresas.
Riscos
A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia avançada que oferece muitas possibilidades. No entanto, também pode gerar riscos que precisam ser minimizados. Entre as preocupações está a violação de privacidade, uma vez que dados de usuários de internet são utilizados para treinar IAs generativas. Além disso, há o risco de que algoritmos usados em sistemas de IA disseminem preconceitos e aumentem desigualdades, uma vez que são treinados por humanos.
A regulamentação da IA é defendida pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) para minimizar esses riscos sociais e éticos. É necessário estabelecer regras e limites sobre o uso da IA, mas a participação da comunidade científica nas discussões é fundamental. O desafio é proteger a sociedade sem atrasar o desenvolvimento tecnológico.
De acordo com o professor Edmundo Albuquerque de Souza e Silva, é preciso criar uma legislação para punição de responsáveis pela criação de textos falsos. Ele afirma que a regulação precisa ser mais complicada, sem tolher a sociedade. O que está sendo discutido é o que já existe na legislação e pode ser aprimorado, criando um debate com a sociedade.
O grupo de trabalho da ABC, que conta com pesquisadores de diferentes áreas, recomenda a criação de um primeiro documento sobre IA que será aprofundado pela academia. O documento destaca a necessidade de participação da comunidade científica nas discussões para proteger a sociedade e evitar a disseminação de preconceitos e desigualdades.
[…] Academia vê riscos da inteligência artificial na sociedade brasileira […]
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